quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Dor

É por aqui mesmo que dores infindáveis insistem em me açoitar os dias. Neste mesmo Rio de Janeiro de minha paixão, em suas ruas de paralelepípedos rústicos, seus postes úmbrios donde emergem-se prostitutas e malandros agacho-me nas sarjetas e choro o choro dos abandonados; choro lágrimas daqueles que não não têm alguém.

Mortifico-mo... Dou-me às lembranças como o escravo o faz a seu antigo senhor.

Matai-me, ó ingrata existência! Matai-me!