A brisa que vem do mar inspira-me os sentidos e vejo-te a cada lufada do vento sobre as copas das árvores. Inalo à distância, seu perfume nas flores insistentes dos caminhos por onde ando.
Sem sua presença, amada creia, a longevidade dos dias tenebrosos ainda estariam açoitando no lamaçal do tédio.
Hoje, já no outono de minha existência, retomo a confabulação dos poetas, meus versos procuram viço e ecoam-se nas melodias de sua beleza.
Bem-aventurada esta nossa nau! Sou marujo que anda sempre a navegar no mar esplêndido da paixão. Meu leme fiel guia-se sob a rosa dos ventos de seu amor e nosso porto é o mar aberto da poesia.
Sê bem-vinda aos jardins férteis de paixão que minh´alma oferece e continue a regar-lhe os canteiros com seus gestos de amor.
Jean Lafite.